Viajar mais, gastando menos – é possível?
Quantas vezes você já olhou para o calendário, sonhou com uma praia paradisíaca ou uma cidade europeia encantadora, e desistiu só porque achou que viajar é caro demais? Você não está sozinho. Muita gente adia ou cancela viagens por acreditar que não tem orçamento suficiente. Mas a verdade é que viajar não precisa ser sinônimo de gastar fortunas. Com planejamento, estratégias inteligentes e algumas escolhas certeiras, é totalmente possível explorar o Brasil e o mundo sem esvaziar a conta bancária.
Neste artigo, vamos te mostrar 15 dicas práticas, eficazes e testadas por viajantes experientes para economizar em viagens nacionais e internacionais. Desde como escolher o destino certo até aproveitar descontos imperdíveis em passagens, hospedagem e passeios, você vai descobrir que economizar não significa abrir mão da experiência — muito pelo contrário.
Seja você um viajante de final de semana, um mochileiro experiente ou alguém que sonha com a primeira viagem internacional, essas dicas vão te ajudar a transformar seus sonhos em realidade. E o melhor: sem dívidas no cartão de crédito depois. Vamos embarcar nessa jornada juntos?
1. Planeje com antecedência: o segredo está no tempo
Uma das decisões mais poderosas que você pode tomar antes de qualquer viagem é começar a planejar com antecedência. Isso não significa que você precisa organizar tudo um ano antes, mas sim que quanto mais cedo você definir datas e destinos, maiores serão suas chances de economizar.
Passagens aéreas, por exemplo, costumam ter os melhores preços entre 3 a 6 meses antes da data de embarque. Companhias aéreas lançam promoções e lotam seus voos com antecedência, então quem espera até a última hora geralmente paga muito mais caro. Um estudo do Google Flights mostra que viajantes que compram passagens com 3 meses de antecedência economizam, em média, 20% a 40% em relação aos que compram na última semana.
Além disso, reservar hospedagem com antecedência permite que você escolha opções com cancelamento gratuito, o que dá mais segurança. E se surgir uma promoção melhor? Você pode trocar sem perder dinheiro.
Dica prática: Crie um calendário de viagem. Anote datas comemorativas, feriados e períodos de baixa temporada. Assim, você já começa a planejar com tempo, evitando o estresse e os preços altos da correria.
2. Flexibilize suas datas: pequenas mudanças, grandes economias

Você sabia que mudar sua data de viagem em apenas um dia pode reduzir o preço da passagem em até 50%? O custo de uma viagem pode variar drasticamente dependendo do dia da semana, da estação do ano e até do horário do voo.
Voos em sextas-feiras e domingos costumam ser os mais caros, pois são os dias mais procurados por turistas e executivos. Já os voos em terças, quartas e sábados geralmente têm preços mais acessíveis. O mesmo vale para hospedagem: hotéis cobram mais nos fins de semana.
Dica prática: Use ferramentas como o Google Viagens, o Skyscanner ou o Hopper para comparar preços em diferentes datas. Esses sites mostram um calendário com os dias mais baratos para viajar, ajudando você a escolher o momento ideal.
Além disso, evite viajar em alta temporada (como julho, dezembro e feriados prolongados). Optar por baixa temporada pode significar praias menos lotadas, atrações com menos fila e preços até 60% menores.
3. Escolha destinos inteligentes: nem sempre o mais longe é o mais caro
Muita gente acha que viajar para o exterior é sempre mais caro que uma viagem nacional. Mas isso nem sempre é verdade. Um voo para o Uruguai, Chile ou Peru pode sair mais barato do que um voo para Fernando de Noronha ou o Pantanal, especialmente se você viajar em promoção.
O segredo está em avaliar o custo de vida do destino. Países como Portugal, Tailândia, México e Colômbia oferecem experiências incríveis por preços acessíveis. Um jantar em Lisboa, por exemplo, pode custar menos que um almoço em um restaurante de praia no Rio de Janeiro.
Dica prática: Faça uma lista de “destinos sonho” e pesquise o custo médio diário (hospedagem, alimentação, transporte e passeios). Compare com destinos nacionais. Você pode se surpreender com as opções mais econômicas.
E não subestime as belezas do Brasil! Existem milhares de lugares incríveis, como Chapada dos Veadeiros, Bonito (MS), Lençóis Maranhenses e Gramado, que oferecem experiências únicas por preços competitivos.
4. Aproveite as promoções de passagens aéreas (e saiba quando comprá-las)
Promoções de passagens aéreas são reais — e você não precisa ser um especialista para aproveitá-las. O segredo é estar atento e agir rápido.
As companhias aéreas costumam lançar promoções em períodos específicos do ano, como Black Friday, Dia das Mães, Dia dos Namorados e datas comemorativas. Mas também há promoções “surpresa”, geralmente para voos com baixa ocupação.
Dica prática: Ative alertas de preços no Google Viagens, Skyscanner e apps de companhias aéreas. Assim, você recebe notificações quando o preço de um voo cai.
Outra estratégia é comprar passagens em dias úteis, especialmente às terças e quartas-feiras, quando as promoções costumam ser lançadas. Evite comprar finais de semana — os preços tendem a subir.
E atenção: não confie apenas no primeiro resultado do Google. Compare preços em diferentes sites e até em sites regionais. Às vezes, uma passagem comprada diretamente no site da companhia sai mais barata.
5. Use milhas aéreas a seu favor (sem depender só do cartão de crédito)
Milhas aéreas são uma das ferramentas mais poderosas para quem quer viajar pagando pouco — ou quase nada. Muita gente pensa que só quem tem cartão de crédito premium pode acumular milhas, mas isso não é verdade.
Você pode acumular milhas de várias formas:
- Compras no dia a dia (supermercado, farmácia, combustível)
- Programas de fidelidade de lojas e serviços
- Indicações de amigos em programas de recompensas
- Campanhas promocionais de companhias aéreas
Dica prática: Escolha um programa de milhas (como Smiles, TudoAzul ou LATAM Pass) e foque em acumular nele. Evite espalhar seus pontos por vários programas, pois fica mais difícil atingir o valor necessário para resgatar uma passagem.
Além disso, fique de olho nas promoções de compra de milhas, que ocorrem várias vezes ao ano. Às vezes, comprar milhas sai mais barato do que comprar a passagem direta.
E lembre-se: milhas têm validade. Planeje suas viagens com antecedência para não perder o que já acumulou.
6. Hospede-se em alternativas criativas (e mais baratas)

Hospedagem costuma ser um dos maiores custos em uma viagem. Mas você não precisa se limitar a hotéis tradicionais. Hoje em dia, existem inúmeras opções mais econômicas e até mais autênticas.
Plataformas como Airbnb, Booking.com, Hostelworld e Couchsurfing oferecem desde quartos compartilhados até casas inteiras por preços muito abaixo dos hotéis. Um hostel em Barcelona pode custar R$ 80 a diária, enquanto um hotel 3 estrelas pode passar de R$ 400.
Dica prática: Avalie bem as avaliações dos hóspedes antes de reservar. Fotos bonitas podem enganar — leia os comentários sobre limpeza, localização e segurança.
Outra opção é o home exchange (troca de casas), onde você hospeda alguém na sua casa e se hospeda na casa dessa pessoa em outro destino. É gratuito e ideal para quem viaja com família ou em grupo.
E se você gosta de aventura, que tal experimentar camping ou ecoturismo? Muitos parques nacionais oferecem áreas de camping com estrutura básica por menos de R$ 30 por noite.
7. Viaje em grupo: divida despesas, multiplique a economia
Viajar em grupo não é só mais divertido — é também mais econômico. Quando você divide despesas como hospedagem, transporte e alimentação, o custo por pessoa cai consideravelmente.
Imagine alugar uma casa no Airbnb para 4 pessoas. O valor total pode ser R$ 1.200 por semana, mas dividido entre quatro, cada um paga apenas R$ 300 — muito menos do que pagaria por um quarto de hotel.
Dica prática: Combine com amigos ou familiares viagens em datas comuns. Planejem juntos, pesquisem preços em grupo e negociem pacotes. Muitas vezes, agências oferecem descontos para grupos de 4 ou mais pessoas.
Além disso, transporte compartilhado (como Uber, BlaBlaCar ou aluguel de carro com divisão de custo) pode reduzir significativamente os gastos com locomoção.
8. Cozinhe suas refeições (sim, é possível e gostoso)
Comer fora em todos os dias de viagem pode dobrar (ou até triplicar) seu orçamento. Um café da manhã no hotel pode custar R$ 50 por pessoa. Um jantar em um restaurante turístico, mais de R$ 150.
Mas isso não quer dizer que você precisa abrir mão da gastronomia local. A solução? Cozinhar algumas refeições.
Se você estiver em um Airbnb ou hostel com cozinha, aproveite para fazer café da manhã e almoço. Compre ingredientes em mercados locais — além de mais barato, é uma ótima forma de conhecer a cultura do lugar.
Dica prática: Leve snacks na mala (barrinhas de cereal, frutas secas, biscoitos). Assim, você evita comprar lanches caros em aeroportos ou durante passeios.
E quando quiser provar a culinária local, opte por bistrôs, food trucks ou mercados públicos. Em Istambul, por exemplo, uma refeição em um mercado local custa uma fração do preço de um restaurante turístico — e é muito mais autêntica.
9. Use transporte público (e descubra o destino como um local)
Táxi, Uber e transfer privado são práticos, mas podem pesar no bolso. Em cidades como Paris, Nova York ou Tóquio, um único trajeto de táxi pode custar mais que uma diária de hospedagem.
O transporte público, por outro lado, é barato, eficiente e uma ótima forma de se integrar ao destino. Metrôs, ônibus e bondes não só economizam dinheiro, como oferecem uma visão real da vida local.
Dica prática: Pesquise antes da viagem sobre os passes de transporte. Muitas cidades oferecem passe diário, semanal ou para turistas com acesso ilimitado a ônibus, metrô e bondes. Em Londres, o Oyster Card pode economizar até 50% em relação aos bilhetes avulsos.
Além disso, caminhar é a melhor forma de conhecer uma cidade. Você economiza, faz exercício e descobre becos, praças e cafés escondidos que não estão nos roteiros turísticos.
10. Evite taxas e surpresas no cartão de crédito
Muitos viajantes se surpreendem com taxas altas de IOF, conversão de moeda e anuidade ao usar o cartão de crédito no exterior. O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incide em 6,38% sobre compras internacionais e saques em moeda estrangeira.
Dica prática: Use um cartão pré-pago internacional ou um cartão com isenção de IOF e IOF reduzido para compras no exterior. Bancos digitais como Nubank, Inter e C6 Bank oferecem opções com taxas mais baixas.
Além disso, evite trocar dinheiro em casas de câmbio no aeroporto — os valores costumam ser os piores. Prefira saques em caixas eletrônicos locais (com cartão sem tarifa de saque) ou compre moeda estrangeira com antecedência em casas de câmbio com boas cotações.
E atenção: nunca use o câmbio dinâmico (DCC) oferecido em maquininhas no exterior. Ele converte o valor na hora com uma taxa abusiva. Sempre escolha pagar em moeda local.
11. Pesquise passeios gratuitos e descontos
Você não precisa pagar por tudo para aproveitar uma cidade. Muitas atrações turísticas oferecem dias de entrada gratuita, especialmente em museus, parques e monumentos.
Em Paris, por exemplo, museus municipais são gratuitos no primeiro domingo do mês. Em Nova York, o Museu Americano de História Natural sugere um valor simbólico — você pode pagar o que quiser.
Dica prática: Pesquise antes da viagem sobre “dias gratuitos”, “city passes” e “free walking tours”. Em cidades como Londres, Barcelona e Berlim, existem tours a pé gratuitos (com dica ao final) que são excelentes para conhecer o centro histórico.
Além disso, compre ingressos com antecedência. Muitas atrações oferecem descontos de até 20% para quem compra online.
12. Viaje na baixa temporada: menos gente, mais economia
A alta temporada traz sol, festas e multidões — e também preços altíssimos. Hotéis cobram até o triplo, passagens disparam e atrações ficam lotadas.
A baixa temporada, por outro lado, é a época perfeita para quem quer economizar e aproveitar com tranquilidade. Na Europa, viajar entre novembro e março (exceto Natal e Ano Novo) pode significar preços até 60% menores.
Dica prática: Pesquise o clima do destino antes de escolher a data. Algumas regiões têm baixa temporada por causa da chuva, mas isso não quer dizer que você não vai aproveitar. Em destinos tropicais, chove rápido e o sol volta logo.
E muitas vezes, os locais continuam lindos — e muito mais vazios. Imagine visitar Machu Picchu sem filas ou andar pelas ruas de Veneza sem multidões.
13. Tenha um seguro viagem (e evite gastos maiores)
Pode parecer contraditório: gastar para economizar. Mas o seguro viagem é um investimento que pode te poupar de despesas enormes em caso de imprevistos.
Uma simples dor de garganta em outro país pode gerar uma conta médica de milhares de reais. Sem seguro, você paga tudo do bolso.
Dica prática: Compare planos no Portal do Seguro Viagem, que reúne diversas seguradoras. Escolha um plano com cobertura médica, bagagem e cancelamento de voo. Para viagens internacionais, o valor médio varia entre R$ 50 e R$ 150 por semana — uma pechincha diante de um imprevisto.
Além disso, alguns cartões de crédito oferecem seguro viagem gratuito. Confira os benefícios do seu cartão antes de contratar um separado.
14. Trabalhe enquanto viaja (ou viaje trabalhando)
O sonho de muita gente é viajar e ainda ganhar dinheiro. E isso é possível! Com o crescimento do trabalho remoto, cada vez mais pessoas estão adotando o estilo de vida “digital nomad”.
Se você tem um trabalho que pode ser feito online (design, programação, redação, consultoria), combine viagens com trabalho. Escolha destinos com custo de vida baixo, como Chapada Diamantina, Florianópolis, Medellín (Colômbia) ou Chiang Mai (Tailândia), e estenda sua estadia.
Dica prática: Use plataformas como Workaway, Worldpackers ou NomadX para trocar trabalho por hospedagem. Você pode ajudar em hostels, fazendas orgânicas ou projetos sociais em troca de acomodação e alimentação.
Assim, você viaja mais, gasta menos e ainda tem experiências únicas.
15. Tenha um fundo de viagem (e torne seus sonhos realidade)
A melhor forma de economizar em viagens é criar um hábito de poupança. Abra uma conta separada ou use um app de metas financeiras (como Mobills, Organizze ou Nubank) para guardar um valor fixo todo mês.
Pode ser R$ 50, R$ 100 ou R$ 300 — o importante é ser constante. Em 12 meses, você terá entre R$ 600 e R$ 3.600 para sua próxima viagem.
Dica prática: Dê um nome ao seu fundo: “Viagem para a Itália”, “Férias em Fernando de Noronha”, “Mocheilão pela América do Sul”. Isso torna o objetivo mais real e motivador.
E quando surgir uma promoção imperdível, você já terá parte do dinheiro guardado — e poderá aproveitar sem dívidas.
Conclusão: Viajar é um direito, não um luxo
Chegamos ao fim deste guia com 15 dicas práticas para você viajar mais e gastar menos — seja no Brasil ou pelo mundo. O segredo não está em ter muito dinheiro, mas em usar o que você tem com inteligência.
Do planejamento antecipado à escolha de destinos estratégicos, da utilização de milhas ao uso de transporte público, cada decisão conta. E o mais bonito? Economizar não significa abrir mão da qualidade da experiência — pelo contrário, muitas vezes, você vive mais autenticamente.
Agora é com você. Que tal escolher uma dessas dicas e colocá-la em prática já na sua próxima viagem? Crie seu fundo de viagem, ative um alerta de passagens ou pesquise um destino em baixa temporada.
Viajar é um ato de liberdade. E com as ferramentas certas, está ao alcance de todos.
Deixe nos comentários: qual é o seu próximo destino sonho? E qual dessas dicas você vai aplicar primeiro? Vamos trocar ideias e inspirar mais pessoas a viajar com sabedoria!

Camila Ferreira é uma entusiasta apaixonada por viagens e restaurantes, sempre em busca de novas experiências culturais e gastronômicas pelo mundo. Movida pelo desejo de conquistar liberdade financeira, dedica-se a aprender e aplicar estratégias que lhe permitam viver com mais autonomia e qualidade de vida. Além disso, é fascinada por temas de auto desempenho, buscando constantemente evoluir em sua jornada pessoal e profissional.